Isso mesmo, um blog.
Transportando de uma forma muito criativa o universo criado por Conan Doyle para o século XXI, a produtora britânica BBC, por meio dos já experientes Mark Gatiss e Steven Moffat, de Doctor Who, concilia perfeitamente o antigo e o moderno.
São três temporadas, cada uma com três episódios, sendo a primeira lançada em 2010, a segunda, em 2012 e a terceira em 2014.
Moffat e Gatiss nos apresentam uma releitura atualizada dos clássicos personagens dos livros, como o Professor Moriarty, o Inspetor Lestrade e a enigmática Irene Adler.
Sherlock Holmes é vivido pelo ator britânico Benedict Cumberbatch (que mais recentemente deu vida a Stephen Hawking em A Teoria de Tudo, em uma produção impecável). Benedict literalmente encarna o personagem, recriando um Holmes cínico, detalhista e prodígio da investigação com um humor ácido que lembram vagamente Gregory House (do seriado House, cujo criador David Shore já admitiu que a personagem foi inspirada em Holmes de Conan Doyle).
John Watson não deixa a desejar também. O entrosamento entre Benedict e Martin Freeman, que dá vida ao médico, é gigantesco, trazendo em cena um tom de amizade e cumplicidade muito real. Aqui, Watson é um médico de guerra, veterano do Afeganistão que volta à Londres e precisa dividir um apartamento. É então que conhece Sherlock, passando então a ajudá-lo a resolver os crimes que a Scotland Yard não pode solucionar.
Na primeira temporada, a dupla soluciona três casos: em "A Study in Pink", uma repórter assassinada; uma invasão em um banco comercial cuja única pista é um grafite na parede em "The Blind Banker" e uma série de crimes que devem ser resolvidos em certo intervalo de tempo para que vítimas com coletes-bomba não sejam mortas ("The Great Game"). Nesta temporada somos introduzidos a Moriarty, o principal vilão da série.
Já a segunda temporada, Moriarty aparece mais. John e Sherlock conhecem Irene Adler, uma das poucas personagens páreas intelectualmente para Holmes. Um escândalo envolvendo membros da família real e chantagens precisa ser resolvido em "A Scandal in Belgravia". Depois, experiências genéticas e um assassinato que traumatizou uma criança são investigados em "The Hound of Baskerville". Em "The Reichenbach Fall" Moriarty acerta as contas de seu "problema final" com Sherlock.
"The Empty Hearse" abre a terceira temporada explicando as pontas deixadas por "The Reichenbach Fall", seguido por "The Sign of Three", onde há uma possível vítima de assassinato em um casamento. A série então termina a temporada com "His Last Vow", que introduz a personagem de Charles Augustus Magnussen, inspirada em Charles Augustus Milverton, um chantagista que ameaça membros do alto escalão político britânico e provoca a dupla de detetives da pior forma.
Nota no imdb: 9,3
Rotten Tomatoes:
1ª Temporada:
Nota 9,2 com 100% de aprovação dos críticos.
2ª Temporada:
Nota geral 9,5 e novamente 100% de aprovação
3ª Temporada:
Nota 8,6 com 97% de aprovação da crítica.
Veja
"Apresentando um texto ágil e bem estruturado, a série é uma divertida produção que traz como principal atrativo as soluções imaginadas pelos roteiristas para adaptar personagens, relações e situações para o Século XXI."
Patrícia Kogut - O Globo
"Se você viaja facilmente nas afiadas sequências de deduções do investigador, esta série é para você. Mas mesmo que seja um daqueles que duvida da infalibilidade dos métodos usados pelo detetive vai achar a produção um prato cheio: Sherlock agora é Sherlock “CSI” Holmes. "
O alto nível da série porém tem o seu revés: o longo hiato entre os lançamentos. A estréia da nova temporada está prevista para o início de 2016, precedida por um especial de Natal em 2015.