Quando o cinema se une à moda: produções com figurinos impecáveis

 Não é à toa que o cinema é considerada a sétima arte: envolve, direta ou indiretamente, todas as outras formas de expressão artística. E um bom filme precisa contar com um bom figurinista.

O filme estrelado por Vivian Leigh e Clark Gable aborda a complicada relação entre Scarlett O'Hara, uma rica garota mimada que cai na miséria, e Rhett Butler, e a passagem da Guerra Civil Americana. 

O figurino do filme é conhecido pelas extravagâncias de Scarlett, que usou um vestido vermelho logo após tornar-se viúva (muito polêmico para a época em que a história se passava, já que viúvas deviam vestir preto em sinal de luto) e seu vestido de "cortina", feito com as cortinas da casa após Scarlett perder todo o seu dinheiro com a guerra e ainda assim prezar pela sua vaidade.
É pra não botar defeito.

Vestido feito com as cortinas de Scarlett - lindo! Só que não.

Outra personagem feminina popular pela extravagância e luxúria de suas roupas e jóias foi Cléopatra. E transferir isso para o cinema não foi tarefa fácil: a produção do filme com Elizabeth Taylor e Richard Burton custou no total 35 milhões de dólares. Liz Taylor trocou de figurino ~preparem-se~ exorbitantes 65 vezes! Chegou a constar no Guinness até. 

Titanic, referência quando se fala de ambientação! O que era aquele navio? Mas o destaque mesmo foi para o figurino, que estava ótimo. Além de linda, Kate Winslet contou com um guarda-roupa luxuoso e muito detalhado, representando a alta sociedade do início do século XX. A responsável foi Deborah L. Scott, que trabalhou em diversos filmes conhecidos, como por exemplo De Volta para o Futuro (1985).

Croqui do figurino de Rose em Titanic

Moulin Rouge, cheio de glamour, brilho, sensualidade e phyneza exigiam figurino à altura, certo? Exato! E teve. Representando o estilo Cabaret, das dançarinas famosas na Belle Epóque, provocante e glamouroso, Moulin Rouge ganhou o Oscar de Melhor Figurino mais do que merecido.

Maria Antonieta até hoje é tida como uma das maiores aficcionadas por moda de todos os tempos. Era conhecida pelas suas extravagâncias e vestidos caríssimos. Bom, quanto a caríssimos eu não sei, mas o filme que leva seu nome conseguiu caprichar no figurino. Os detalhes é que são mais impressionantes: estampas, babados, fitas e pérolas foram usados sem economia. O resultado foram peças maravilhosas e delicadas. Oscar de melhor figurino na estante!

Inveja dos figurantes. recalque bate e volta

Pat Field foi a responsável por vestir o elenco de O Diabo Veste Prada. O filme que se passa no centro da produção e formação da moda, na redação de uma conceituada revista, precisava espelhar o estilo que os profissionais e envolvidos nessa área possuem e toda a exuberância das melhores grifes européias e americanas. Pat Field também foi figurinista da série Sex and the City. Não levou o Oscar para casa (aliás, foi uma disputa difícil já que tanto O Diabo Veste Prada como Maria Antonieta concorreram no mesmo ano).

O Grande Gatsby, que está concorrendo à Melhor Figurino este ano, é mais uma das adaptações do livro homônimo de F. Scott Fitzgerald (que é muito bom! Leiam) estrelando Carey Mulligan como Daisy (que está maravilhosaaaaa), Toby McGuire como Nick Carraway e nosso queridinho Leonardo DiCaprio como Jay Gatsby. Porém um destaque muito grande são os figurinos e mais ainda para as jóias usadas no longa -nada mais nada menos que peças Tiffany's desenhadas especialmente para as gravações. Aliás, como mais representar a Era de Ouro do Jazz?

Dos protagonistas aos figurantes, a caracterização é linda. Ah, ia esquecendo de citar que é tudo Prada. uau.

Tiara em platina e diamantes desenhada pela Tiffany Co. para o filme :O

E por final, alguém que merece ser citada:

Edith Head
Vencedora de 8 Oscars de Melhor Figurino e apelidada de a Estilista da Old Hollywood

Ok, vamos lá: ela vestiu Audrey Hepburn, Bette Davis, Grace Kelly, Elizabeth Taylor , Barbara Stanwyck e Ginger Rogers. Em seus 50 anos de carreira, recebeu 35 indicações de Melhor Figurino e 8 Oscars, sendo a artista mais premiada pela estatueta da história. Chegou a ser homageada pelo serviço postal americano com seu rosto em selos comemorativos em 2003.

Icônico vestido de Audrey Hepburn em A Princesa e o Plebeu

E por fim, a maldade do dia:

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Escrito por Débora

Débora, 18 anos. Costumava ser um Jedi mas se uniu ao lado escuro. Da Lua.